Guardo-te


Em jarros embutidos de minha carne. No sanguíneo, pois que és vermelha, és a rosa escarlate em meu vago sombrio e terno estojo, cúmplice jarro, tinto. Guardo-te e anseio que tu me esconda em teus porões, por entre os escapismos e tuas súplicas, nossas; os pêsames poéticos e oblíquos nos sorriem em cada entrelinha escorregadia da avenida para um samba choroso de um pensamento destinado àquilo que nos prende, nos nós. Nós enlaçados compositores, cálidos, corpóreos e manchado. Tuas orquestras em minha cabeça, tuas cores, desfolhando em páginas e esborrando em notas iguais, minhas, em cordel. Somos literatura, baraço, num só barbante. Laço de forca que nos une, pausa, te respiro.

autor desconhecido

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