"No meu verso


"No meu verso canto comboios, canto automóveis, canto vapores.
Mas no meu verso, por mais que o ice, há só ritmos e codas,
Não há ferro, aço, rodas, não há madeiras, nem cordas,
Não há a realidade da pedra mais nula da rua,
Da pedra que por acaso ninguém olha ao pisar
Mas que pode ser olhada, pegada na mão, pisada,
E os meus versos são sons e ideias só para serem compreendidos."

(…)

Álvaro de Campos

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